sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aquele dia na praia

Sonhado por Karynha às 08:20 2 Comentários

Passos quentes na areia fria,
Tentei escrever sobre esse dia, mas nada do que eu diga
descreverá aquele fim de tarde no vento gelado da praia,
só consigo lembrar dos seus olhos nos meus
e o meu desejo de que aquele instante durasse para sempre.

Eu tentei dizer, mas minhas palavras foram longe de mais, decidi calar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pálpebras fechadas

Sonhado por Karynha às 02:14 0 Comentários


Parece tão deserto...
Tão longe, mas você está ao meu lado, mesmo que eu não possa te enchergar,
Me fazendo lembrar dos detalhes mais bobos, me fazendo rir de tudo isso,
mesmo que eu só consiga chorar...
Às vezes me sinto tão só, procurando justificativas,
mas as grandes burradas nos deixam de mãos atadas, perdidos em nós mesmos.
Nossos detalhes tão frágeis, que só a gente sabe onde guardar.
Ainda vejo seus olhos no espelho,
ouço seus passos no corredor, mesmo que eu feche os olhos, você ainda está lá,
sorrindo nas minhas pálpebras fechadas.
Deixo o medo escorrer em meus olhos, minhas mãos trêmulas, meu cabelo nos lábios.
Me perco pra te encontrar.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Fio

Sonhado por Karynha às 10:36 1 Comentários

Esse céu azul demais
esse pássaro equilibra demais, porque não cai na minha mão?
Esse sonho repete demais,
esses olhos dormem demais, porque nõa cai de cara no chão?
Essa criança chora demais,
Essa mãe reclama demais, porque ela fala tanto não?
Esse mundo é doido demais,
esse rico têm demais, porque não tem, o Fio, um pedaço de pão?
Nem leite,
Nem pano,
Nem feijão,
Tem calçada,
Carrapato,
Comichão...
Tem medo do frio,
Medo de escuro,
Medo de fome,
Esses monstros são todos reias, vivos e sem coração!
Quem dá pro Fio, uma mãe, um colchão?
Quem dá pro Fio amor, compaixão?
Quem dá pro Fio o dia seguinte?

Minha saudade

Sonhado por Karynha às 09:58 1 Comentários

É essa a arte de sentir saudade, da qual tanto me falavam,
diziam que mesmo sem saber usá-la ela seria minha,
mesmo sem me conhecer ela me maltrtaria.
Tão puramente minha com seus olhos humidos, inoscentemente tristes,
sinto que ela sempre estará aqui, me olhando de longe com essa dor na alma,
chorando sozinha e me fazendo sentir amargamente cada suspiro cortante...
E dói tanto ver a agonia da sua trizteza, dói sentir seu pranto ao meu lado à noite,
Dói não poder deixá-la, dói por ela não deixar-me,
tão puramente minha com seu jeito vário... sorrindo e chorando inconstantemente,

A minha saudade é minha razão, minha única certeza calma de que felicidade existe, não me importo mais com as cicatrizes que ladeiam seu rosto frio, nem as lágrimas constantes de seus olhos meigos, um dia ela sorriu pra mim e isso me sustenta... minha saudade é minha esperança de ser feliz de novo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dedico

Sonhado por Karynha às 10:53 2 Comentários

Ao meu abraço, partidas
e adeuzes que o tempo nos pode dar,
Ao meu sorriso, feridas
das vezes que ele surgiu para eu não chorar.
Ao meu olhar, saudades
das últimas imagens que eu guardei do sonho.
Ao meu adeus, regresso
que é o que espera quem sempre irá lembrar.
Ao meu coração, amor
que mais forte que o sangue o mantem vivo.
À minha espera, paciência,
pois se vale a pena, a eternidade é um segundo vago, cortante, mas ameno
Às antíteses, sentimento,
pois são elas que acariciam e queimam.
Ao meu corpo, segredos,
para que sempre ao olhar-me queira desvendar-me letra por letra.
Às minhas palavras, silêncios necessários,
para que no interválo de cada frase lhe tome sempre uma infinita saudade.
Ao meu tormento, descanso,
pois mereço paz.
À nos dois, momentos,
para que cada instante seja um recomeço.
 

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