segunda-feira, 16 de abril de 2012

Que eu volte

Sonhado por Karynha às 06:57 0 Comentários
Que ventos me tragam,
e tragam fracos e tímidos para que eu me recoste,
talvez quem sabe em uma pétala virgem,
para que eu me respire e me inspire, e pare um pouco no tempo,
para que eu desfaleça as pálpebras e que sintam elas o calor da aurora,
e os meus lábios o sabor da brisa... Que eu volte tímida e permaneça,
para isso que eu sempre julguei realmente importante... Minha poesia.

Que brilhem as estrelas na minha janela fria... que agora tem telhado e que bate na árvore,


que caiam as folhas e nasçam as flores para enfeitar minhas linhas...
Que cubram meus pés essa areia fina, para que meus passos marquem suas mesmas trilhas,
e tragam as ondas suas salgadas gotas,
para que meu corpo temperado apeteça teus lábios, e me saboreiem.


Esses ventos que são meus
e que perfumam os ares com o ar dos meus pulmões, volte sempre e todos os dias,
escritas e descritas, solitárias ou acompanhadas, minhas palavras,
que são minhas únicas pratas e meu nobre tesouro,
que só o vento pode tocar e só as flores podem cobrir... Que eu volte.





quinta-feira, 22 de março de 2012

Cartas Rasgadas

Sonhado por Karynha às 04:41 1 Comentários
São apenas palavras das nossas cartas rasgadas,
que eu escondi para ninguém encontrar,
no meio das nossas piores lembranças,
esperando que um dia você chagasse e jogasse as gavetas pa
ra o alto,
mas pode deixar,
estão todas nolixo agora,
junto com sua cara amassada naquela foto redicula de três anos atrás,
joguei todo seu lixo fora, principalmente as promessas falsas,
que eram apenas histórias de cabeceira
quando eu estava com medo demais para dormir,
ninguém precisa saber o quanto eu chorei até conseguir te esquecer.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um jeito diferente de olhar

Sonhado por Karynha às 11:09 2 Comentários
Não sei se vocês estão acompanhando nos jornais a repercução do caso da manifestação de estudantes aqui no Espirito Santo por causa do aumento da passagem do coletivo, começou quarta feira (11/01) e talvez vocês estejam se perguntando por que eu estou falando disso nesse blog que é de poesia, mas eu tinha que compartilhar com vocês algo que o governo teima em jogar para debaixo do tapete.


Hoje teve manifestação de novo, os policiais adiantaram-se e foram na frente, então os estudantes mudaram a rota e pararam em outra estrada, uma ainda mais movimentada, ou seja foi ainda pior, muita gente chegou horas atrasados aqui no trabalho reclamando que o transito tava um inferno, mas eu acho bem feito para esses cegos, parece que só nós (os jovens) conseguimos ver a realidade, que salário de deputado é um absurdo e só por que o nosso salário mínimo aumentou vergonhosos R$ 75,00 tudo deve subir junto, nossa eu tô tão indignada que minha vontade nesses dias têm sido sair do meu trabalho correndo (por que eu moro no outro sentido do estado e não passo pelas vias principais que estão sendo bloqueadas) e ir protestar com eles, deu vontade de chorar quando vi nos jornais a covardia que os policiais fazem, jogam spray de pimenta no povo, bala de boracha e inúmeros outros meios de tortura, mas no jornal eles continuam afirmando que não houve abuso por parte das autoridades, como assim? Quer dizer que esses deputados de merda ( desculpa a expressão) podem desfilar por aí em suas lindas mercedes e nós que somos os pobres que giramos a manivela para gerar o dinheiro deles, podemos no expremer em ônibus desconfortáveis e perigosos ( sim por que tem cada ônibus caindo aos pedaços que a gente entra neles rezando para eles não desmontarem na próxima curva) e ainda pegar R$ 0,15 a mais de passagem, que na verdade são R$0,30 por dia (pois é ida e volta) e assim vai, 0 preço açucar sobe, do feijão sobe, do arroz sobe e a dignidade do povo brasileiro e pobre continua lá em baixo.
Tudo isso por que nós temos que trabalhar 10 horas por dia, calados, oprimidos, comendo o pão que o patrão amassa com a pata, sem sequer poder protestar por algo que tá doendo na gente, não só no bolso, mas na dignidade, na alma, no coração.

Sabe o que me deixa mais indignada? É a época de eleição, aí aquele bando de hipócrita começa a dizer que é do povo e que dessa vez o Brasil vai pra frente, quando na verdade nem 2% deles sabem o que é ser "o povo", o que é ser pai de família e ter que sustentar seus filhos com as migalhas suadas que ganhamos no fim do mês e ainda por cima ter que mostrar para os pequenos que vale à pena ser honesto, que é feio roubar e que esse mês faltou o pão de manhã por que a farinha subiu no mercado e o pai tá sem dinheiro para comprar até o arroz.


E no fim tá todo mundo preocupado por que se atrasou para chegar no trabalho, logo depois vem o carnaval, essa festa idiota que de popular não tem nada, só participa das folias de verdade quem tem o dinheiro para o abadá ou para o ingresso dos camarotes e o povo vai pular na avenida, beber até cair e matar dezenas no trânsito, por que pobre meu Deus, é conformado demais e enquanto os cantores baianos e os donos de cerveijaria enchem o bolso do dinheiro do povo os ricos estão nos camarotes assistindo o circo.


Isso pra mim é uma vergonha e eu não pretendo em nenhuma hipotese compactuar com esse porcos imundos da elite, eu sim sou do povo e sei o que é essa vontade dentro do peito de lutar pelos direitos dessa gente tão sofrida.


Gente essa é a minha opinião e eu gostaria demais que vocês compartilhassem a de vocês, é realmente importante saber o que você s pensam.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cansaço

Sonhado por Karynha às 04:27 0 Comentários
Meus olhos vítreos,

cansados,

fitam congelados essa tela morta,

meus desos deveriam estar batendo nervosos as teclas desse taclado

e empurrando frenéticamente frases sem sentido para essa irrealidade virtual,

mas eu sou fraca demais para proseguir com isso,

parece que algo em mim está morto, algo que era realmente necessário,

morto por esse mundo seco,

essa realidade suja, que me enoja... E eu permaneço num luto inflamado, segurando por pouco a última lágrima.

Eu tenho medo, pois ainda conheço tão pouco dele e

já me dói tanto,

é difícil aceitar, mas eu perdi um pouco de mim,

por não acreditar que o mundo me decepcionaria dessa forma,

tento não ter medo dos dias seguintes,

mas a cada hora há um novo espanto,

estou lidando com um desconhecido agora.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

É descritiva, é descrição.

Sonhado por Karynha às 05:15 1 Comentários
Poesia é descrição, tudo que acontece e eu tento descrever, mas nem sempre consigo - quase nunca na verdade.
Poesia é choro, você me faz chorar e eu deságuo mesmo sem motivo, minha poesia está repleta de gotas salgadas que escorrem dos meus olhos.
Poesia é melancolia, você se alegra da vida e eu sei que eu também deveria, mas me contenho, como qualquer miserável que não se atreve a se alegrar.
Poesia é qualquer dor não física, qualquer pranto, qualquer ferida que a alma guarda e que de vez em quando a saudade insiste em cutucar.
Poesia é toda vontade que se tem de dedilhar algumas cordas e abrir a boca pra soltar a voz, ainda que não haja letra ou canção.
Poesia é um mistério, a gente não conhece nem metade do que inventa, sim por que poesia é invenção de alguma mente desocupada.
Poesia é a dor de cabeça prolongada, é medo, é súplica, é o que restou depois da ressaca chata de um sábado de chuva, desses em que a gente insiste em se consumir de alguma forma errada – e eu odeio chuva.
Poesia é loucura e espero que nenhum desocupado tente entendê-la, pois isso é proibido, ela nasce e permanece complicada e inexplicável, uma fera feminina e indomável... Perigosa demais para qualquer mente sã.
Poesia é isso, é o fim que a gente não espera quando chega a última palavra, que a gente só vai saber que é última quando só restar silêncio, poesia é um beijo calmo, é um olhar sincero, poesia é a fala mansa, é a pele macia, é o cheiro doce, poesia é o resumo do ser amado, que é imperfeito, mas que a poesia melhora, poesia é a alma e o alento seco, poesia é o que chega e o que parte, a poesia é o desejo de ser diferente.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aquele dia na praia

Sonhado por Karynha às 08:20 2 Comentários

Passos quentes na areia fria,
Tentei escrever sobre esse dia, mas nada do que eu diga
descreverá aquele fim de tarde no vento gelado da praia,
só consigo lembrar dos seus olhos nos meus
e o meu desejo de que aquele instante durasse para sempre.

Eu tentei dizer, mas minhas palavras foram longe de mais, decidi calar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pálpebras fechadas

Sonhado por Karynha às 02:14 0 Comentários


Parece tão deserto...
Tão longe, mas você está ao meu lado, mesmo que eu não possa te enchergar,
Me fazendo lembrar dos detalhes mais bobos, me fazendo rir de tudo isso,
mesmo que eu só consiga chorar...
Às vezes me sinto tão só, procurando justificativas,
mas as grandes burradas nos deixam de mãos atadas, perdidos em nós mesmos.
Nossos detalhes tão frágeis, que só a gente sabe onde guardar.
Ainda vejo seus olhos no espelho,
ouço seus passos no corredor, mesmo que eu feche os olhos, você ainda está lá,
sorrindo nas minhas pálpebras fechadas.
Deixo o medo escorrer em meus olhos, minhas mãos trêmulas, meu cabelo nos lábios.
Me perco pra te encontrar.
 

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