
e tragam fracos e tímidos para que eu me recoste,
talvez quem sabe em uma pétala virgem,
para que eu me respire e me inspire, e pare um pouco no tempo,
para que eu desfaleça as pálpebras e que sintam elas o calor da aurora,
e os meus lábios o sabor da brisa... Que eu volte tímida e permaneça,
para isso que eu sempre julguei realmente importante... Minha poesia.
Que brilhem as estrelas na minha janela fria... que agora tem telhado e que bate na árvore,

que caiam as folhas e nasçam as flores para enfeitar minhas linhas...
Que cubram meus pés essa areia fina, para que meus passos marquem suas mesmas trilhas,
e tragam as ondas suas salgadas gotas,
para que meu corpo temperado apeteça teus lábios, e me saboreiem.
Esses ventos que são meus
e que perfumam os ares com o ar dos meus pulmões, volte sempre e todos os dias,
escritas e descritas, solitárias ou acompanhadas, minhas palavras,
que são minhas únicas pratas e meu nobre tesouro,
que só o vento pode tocar e só as flores podem cobrir... Que eu volte.