
Todas as vezes que eu quis ficar, mas parti,
as suas palavras ficaram espalhadas pelo chão quando eu bati a porta.
Todas as vezes que eu quis olhar pra trás e fingi,
seu olhar ficou perdido às minhas costas,
todas as vezes que eu quis falar e engoli,
as frases certas perderem-se num espaço vago de silêncio.
Tantas as vezes que quis amar e me contive,
meu mundo deteriorava-se em chamas, desse fogo esquecido.
Quantas vezes deixei para o próximo segundo
e perdi horas,
tantas foram as escolhas que eu não escolhi,
tantas faces minhas que eu não conheci...
Com esse medo absurdo de sofrer eu não vivi.